Nota oficial – Site UJS

A Direção Nacional da União da Juventude Socialista informa que sua página na internet foi invadida na última segunda-feira, dia 11 de julho, e desde então vem tomando as devidas providências para que o site seja restaurado e continue prestando seus serviços informativos aos jovens.

Aparentemente, a ação foi feita por hackers iniciantes e é possível que a página volte ao ar ainda nesta terça-feira, 12 de julho. O curioso em tudo isso, no entanto, foi a data dessa ocorrência, às vésperas do 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes (CONUNE), para o qual a UJS, por meio de seu Movimento Transformar o Sonho em Realidade, trabalha incessantemente a fim de garantir uma maciça participação.

Assim como todo crime na internet, é muito difícil encontrar os verdadeiros responsáveis pela invasão ao nosso site e qualquer acusação seria, no mínimo, leviana. Porém, não dá para deixar de lado tal associação de acontecimentos, principalmente levando em conta as últimas vitórias do Transformar o Sonho em Realidade nas principais eleições estudantis que servem de prévia para o CONUNE.

Lamentamos profudamente que as vias eleitorais democráticas ainda não sejam reconhecidas e entendidas por uma minoria, como também são lamentáveis ações de puro terrorismo contra a participação ampla de todas as forças políticas de juventude na sociedade.

À militância, a invasão ao site da UJS indica que estamos no caminho certo e que o trabalho para mantermos a relevância da entidade no CONUNE deve seguir até o último minuto.

Direção Nacional – União da Juventude Socialista

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Não leve para a viagem suas dúvidas sobre o 52º Congresso da UNE. Deixe-as aqui!

Tire suas dúvidas do maior encontro da juventude brasileira

Mais de 10 mil estudantes de todo o Brasil e América Latina estão na contagem regressiva, contando os dias para colocar o pé na estrada e participar do 52º Congresso da UNE, que acontece entre os dias 13 e 17 de julho na cidade de Goiânia-GO. Sabendo disso, o EstudanteNet criou uma série especial com dicas e informações úteis para explicar tudo sobre o encontro e não deixar ninguém na mão.

O objetivo é esclarecer toda e qualquer dúvida sobre o Congresso, além de auxiliar com dicas e uma lista completa do que levar na mala, tudo isso para que você possa aproveitar o que de melhor a programação do Congresso da UNE tem para oferecer, da abertura até a plenária final.

Lembrando que para realizar um evento deste porte, meses antes a UNE e empresas parceiras começam a trabalhar na organização. Funcionários, além de diretores da entidade e voluntários trabalharam no encontro cuidando do credenciamento, comunicação, sistematização, logística, administração, alojamento, alimentação e transporte.

O que é o Congresso da UNE?
O CONUNE, como é conhecido, é o maior encontro da juventude brasileira. Durante cinco dias, os delegados e observadores terão a oportunidade de debater e trocar opiniões sobre os rumos da entidade, elegendo a nova diretoria e o presidente, que estará à frente de uma das mais importantes e tradicionais organizações da sociedade civil brasileira no próximo biênio.  O congresso é também uma grande celebração da diversidade, coroado com atividades culturais, intervenções artísticas, trocas de costumes e tradições.

Onde será o CONUNE?
A cidade de Goiânia, situada no coração do Brasil, será palco do 52ª Congresso da UNE. A cidade que já recebeu outras edições do encontro estudantil,é considerada uma das mais belas do país, centenas de praças com uma grande variedade de fauna e flora fazem parte do cenário com ruas limpas, arborizadas e iluminadas.

As atividades do encontro serão concentradas em torno da tradicional Praça Universitária da capital goiana, principalmente na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e na Universidade Federal de Goiás (UFG). Construída em 1933 pelo arquiteto Attílio Corrêa Lima, o local é considerado um dos melhores lugares para contemplar o pôr-do-sol, além de ser bem arborizada e apresentar um museu de esculturas ao ar livre, com bares e bibliotecas ao redor.

Como faço a minha inscrição?
Através deste link do site da UNE é possível realizar a sua inscrição. Basta preencher corretamente todo o formulário, imprimir o boleto gerado e efetuar o pagamento em qualquer agência bancária. Isso já garante a participação. Mas vale lembrar: guarde o comprovante de pagamento, pois o documento será solicitado quando você for retirar o seu crachá, no ato do credenciamento, em Goiânia.

Qual o valor?
Para quem se inscrever até o dia 30 de junho os valores serão R$ 50,00 para delegados e R$100,00 para observadores, quem deixar para a primeira semana de julho o valor será R$75,00 para delegados e R$150,00 para observadores. Após o dia 08 de julho as inscrições pela internet serão encerradas.

A inscrição inclui alojamento, alimentação (café da manhã, almoço e jantar) e acesso a todos os debates, seminários e shows. Caso necessário, o transporte para a locomoção da programação do evento estará garantido.

É possível pagar a inscrição no ato do credenciamento em dinheiro, diretamente no guichê, em Goiânia. Os valores alteram para R$100,00 – delegados e R$200,00 – observadores.

Qual a diferença entre delegado e observador?
Delegado é o participante que foi eleito em sua faculdade pelos estudantes através do DCE ou comissão eleitoral, possuindo direito de voto nas plenárias. Observador é o participante que irá apenas assistir ao Congresso.

Como funciona o credenciamento?
O primeiro passo ao chegar em Goiânia é se dirigir ao credenciamento e apresentar o boleto de pagamento. De lá, o estudante já sai com seu crachá, que dará acesso livre a todas as atividades do CONUNE. Os goianienses que participarem do Congresso pagam os mesmos valores e tem exatamente, os mesmos direitos.

Como será distribuída a alimentação?
A alimentação é garantida através do Restaurante Universitário que servirá mais de 30 mil refeições entre café da manhã, almoço e jantar. É importante ressaltar que no ato do credenciamento, os estudantes recebem um voucher com os tickets de alimentação. Exclusivamente através da entrega deste ticket será servida à refeição, portanto guarde-os com cuidado.

Aonde serão os alojamentos?
Os alojamentos são salas de aula concedidas pelas universidades, por isso é importante levar uma barraca para manter a sua individualidade e a organização do ambiente. Como mais de 10 mil estudantes participaram do encontro, cada alojamento terá um prefeito que ficará responsável por todo e qualquer assunto referente à área.

Sem dúvidas é um dos melhores lugares para interagir e conhecer outros participantes. É importante dizer que a UNE, apesar de disponibilizar seguranças em todos os alojamentos, não se responsabiliza por perda ou furto de objetos pessoais. Portanto, leve também um cadeado para trancar sua mala ou mochila. Mantenha sua bolsa fechada e fique atento, pois milhares de pessoas circulam nos alojamentos diariamente.

Como encontro uma caravana?
As UEEs (Uniões Estaduais dos Estudantes) e os DCEs (Diretórios Centrais dos Estudantes) e DAs (Diretórios Acadêmicos) são as responsáveis pela organização das caravanas. A dica é ficar atento e procurar a entidade estudantil de seu estado ou da sua universidade o quanto antes. Você também pode verificar com a comissão de alunos que promoveu (ou está promovendo) eleições para estudantes-delegados em sua universidade.
Uma boa forma de mobilizar é utilizar as redes sociais da UNE, que agrega estudantes de diversas localidades do país. Além de fazer amizades você pode descolar um lugar no ônibus!

Como será a programação do Congresso?
A programação do CONUNE inclui debates, painéis, plenárias, atos públicos, passeatas e diversas atividades culturais.

Especialistas de diversas áreas são convidados para participar dos debates que acontecem durante o Congresso e escolhe com muito rigor as atrações musicais que irão agitar a noite dos estudantes.

Neste ano, a programação do 52º Congresso da UNE inclui ainda o 2º Encontro Nacional de ProUnistas. Com o aumento de adesão ao programa e a crescente democratização do ensino superior por meio de outras políticas de acesso, o movimento estudantil quer aproveitar a reunião das suas principais lideranças para debater com os estudantes de todo o país as demandas, pontos positivos, críticas e sugestões.

Posso ajudar como voluntário?
A UNE está selecionando voluntários para auxiliar na área da comunicação e realizar a cobertura das diferentes atividades promovidas durante o 52º CONUNE. Para se candidatar, é necessário enviar um email paraimprensa@une.org.br indicando nome, telefone, instituição de ensino, anexando uma cópia do currículo.

Qual é a média de temperatura em Goiânia nesta época do ano?
O clima em Goiânia é tropical semi-úmido. A temperatura média no mês considerado o mais frio, julho, é de 13,2°C (mínima) e 29,0°C (máxima).

Como me localizar por lá?
Aproveite as facilidades da internet e realize um passeio virtual pelos arredores da Praça Universitária de Goiânia. Acesse o mapa

O que levar?
Preparamos uma lista com objetos importantes que não podem faltar na sua bagagem.
– Barraca
– Colchonete e travesseiro
– Kit de primeiros socorros (com remédios que você utiliza normalmente)
– Capa de chuva
– Cantil ou squeeze para água
– Sacos e sacolas plásticas (para lixo e para guardar roupas e calçados sujos)
– Fósforos e um isqueiro
– Filtro solar
– Cadeados pequenos (para a barraca e a mochila)
– Caneca de plástico
– Shampoo
– Condicionador
– Sabonete e esponja
– Pasta de dente
– Escova de dente
– Fio dental
– Pente ou escova de cabelo
– Toalha de banho
– Toalhinha pequena
– Papel higiênico
– Absorventes
– Elásticos de cabelo
– Um pouco de sabão em pó ou um pedaço de sabão em barra
– Leve roupas apropriadas para o inverno.
– Saco de dormir
– Isolante térmico, um pedaço de plástico de bolinhas ou folhas de jornal para impedir que a umidade que vem do solo atinja a sua “cama” e penetre pelas costas
– Máquina fotográfica
– Caderninho de anotações e caneta
– Repelente de insetos
– Óculos de sol
– Livro
– Baralho (para o bom e velho truco)

Serviço:
O quê?
 52º Congresso da UNE
Quando? De 13 a 17 de julho
Onde?  Goiânia – GO
Quanto? Custo para delegados e suplentes: R$ 50,00 (mês de junho) / R$ 75,00 (mês de julho) / R$ 100,00 (no Congresso). Custo para observadores: R$ 100,00 (mês de junho) / R$ 150 (mês de julho) / R$ 200,00 (no Congresso).
Como? (11) 5539-2342 – www.une.org.br

Fonte: EstudanteNet

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Vídeo: Estudantes saem às ruas em defesa do meio-passe em Poços de Caldas

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Estudantes reivindicam aplicação da lei do meio-passe em Poços de Caldas

Estudantes fazem protesto por desconto na passagem de ônibus em Poços de Caldas

Estudantes de Poços de Caldas da rede particular e de instituições superiores fizeram um protesto no Centro da cidadã reivindicando o desconto de 50% no preço da passagem do ônibus coletivo. O benefício já é previsto em lei, mas não tem sido cumprido de forma efetiva. De acordo com uma lei aprovada em maio de 2010, estudantes e professores de escolas públicas e particulares da cidade têm direito a um desconto de 50% no valor da passagem. Mas na prática, apenas quem pertence à rede pública é beneficiado. A prefeitura e a empresa de transporte coletivo alegam que não há recursos suficientes até o momento, para que isso aconteça.

Os estudantes se reuniram em frente ao terminal de linhas urbanas do município para reivindicar o direito ao meio-passe. Depois eles seguiram em passeata até a prefeitura e pediram a presença do prefeito, que não apareceu. Para chamar a atenção, eles sentaram no meio de cruzamentos. Em Poços de Caldas, o projeto deveria beneficiar um total de 35 mil alunos, incluindo as redes municipal, estadual, privada e instituições de ensino superior.

Na porta da Câmara Municipal, eles conseguiram conversar com os vereadores, que se comprometeram em discutir o caso. Foi prometido a eles que na próxima semana será votado um requerimento solicitando uma audiência pública para que as questões apresentadas sejam discutidas e que haja uma solução para o caso.

Vídeo: Jornal EPTV

Fonte: EPTV

 

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DCE da UNIP Vergueiro, o maior do país, tem eleições

Escolha de nova diretoria ocorre simultaneamente à escolha de delegados para os Congressos da UEE-SP e UNE.

O campus Vergueiro da UNIP em São Paulo irá escolher nos dias 19 e 20 de maio a nova gestão do seu DCE, o maior Diretório do Brasil ao representar 100 mil alunos. Durante os dois dias, a mobilização de estudantes será intensa, já que simultaneamente ao processo serão eleitos também os delegados para o Congresso da UEE-SP e da UNE.

Para conhecer mais sobre o processo eleitoral e, mais ainda, as conquistas do movimento estudantil dentro desse importante pólo universitário, o Portal UJS conversou com o Márcio Bico, presidente do DCE UNIP de 29 anos, aluno do curso de Comunicação na Universidade e membro do Conselho Nacional do ProUni.

Como é ser presidente do maior DCE do país?
Um grande orgulho e ao mesmo tempo uma grande responsabilidade, pois estamos representando os estudantes da maior universidade do Brasil. Apesar das dificuldades, obtivemos inúmeras conquistas, sendo a maior delas o fim da aplicação das avaliações institucionais (PI). Além do fim da “PI”, terminamos com o pagamento obrigatório de todas as dependências, ou seja, se aluno ficasse reprovado em algumas disciplinas ele teria que paga-las para efetuar sua rematrícula! Hoje o estudante paga 20% das DPs. Além disso, conseguimos a implantação do chamado sistema tutelado, que impede a reprovação de estudantes que por ventura ultrapassarem o limite máximo de DP permitido pelo regulamente interno da Universidade. Hoje, os alunos não ficam mais reprovados em seus semestres e nem mesmo retornam para semestres anteriores; eles vão sempre avançando em seu respectivo curso e as dependências vão sendo inseridas de acordo com a realidade e necessidade cada estudante e seguindo um acompanhamento da universidade.

E as mensalidades, como o DCE tem se organizado para controlar os aumentos, em certos casos abusivos?
O DCE, ao lado da UEE-SP, fez uma parceria com o PROCON-SP com a finalidade de enviar possíveis casos de abuso no aumento das mensalidades. Hoje, a UNIP possui uma parceria com a APAESP (Associação de Pais e Alunos) que viabilizou um desconto maior para os estudantes. No curso de Direito, por exemplo, em alguns casos reduzimos em 50% o valor inicial.

E os Prounistas?
A universidade conta com o maior numero de bolsistas do país. O DCE realiza vários encontros com esses prounistas, a fim de esclarecer dúvidas e apoiá-los em tudo aquilo que necessitam, uma vez que a bolsa em si não garante a permanência desses estudantes até o fim do curso. Lutamos com os prounistas pelo aumento da assistência estudantil.

Nessa eleição, como está a participação do Movimento Transformar o Sonho em Realidade e qual sua expectativa para a próxima gestão, pela qual você concorre à reeleição?
Estamos muito animados, trabalhamos muito durante a gestão e, como disse anterioremente, foram muitas as vitórias. Esperamos que a participação leve em conta toda essa trajetória de lutas do nosso DCE, esperamos uma expressiva votação para coroar esse calendário de lutas. Nossa expectativa é de reelegermos nossa diretoria , além de eleger também uma expressiva delegação para o congresso da UEE-SP e da UNE.

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Dando continuidade à série “Militantes que transformam sonhos em realidade”, conversamos com a presidente da UEP.

Vic é presidente da UEP e coordena o Movimento Transformar o Sonho em Realidade em PE

Pernambucana de Garanhuns, Virgínia Barros encabeça uma das principais entidades estudantis do país, a União dos Estudantes de Pernambuco (UEP). Com apenas 25 anos, a estudante de direito e economia teve sua gestão marcada por uma grande vitória do movimento jovem no Estado: a gratuidade da Universidade de Pernambuco, depois de uma luta de mais de duas décadas.

Seu trabalho à frente da UEP, o início no movimento estudantil e os sonhos que a fanática torcedora do Sport Club do Recife alimenta diariamente foram os temas tratados no papo a seguir, que dá continuidade à série de entrevistas realizada pelo Portal UJS com os principais líderes da juventude brasileira.

UJS: Estamos acostumados a te conhecer como Vic, presidente da UEP. Mas nos conte um pouco sobre a Virginia Barros e como conheceu a UJS?

Vic: Que pergunta difícil, rapaz! Não sei como me descrever exatamente, mas, no geral, sou como qualquer jovem da minha terra. Gosto de tomar minha cervejinha, de cinema, de frevo, de estudar, de falar muito (risos) e me considero determinada, bastante curiosa e impaciente. E, claro, sou torcedora do Sport Club do Recife! Sempre gostei de política, meus pais eram ligados à vida política da cidade que nasci e, assim que entrei na universidade, comecei a participar do movimento estudantil. Foi nessa época que tive meu primeiro contato com a UJS. Nossos militantes ajudavam a dirigir o DCE da UFPE, mas só vim a me filiar algum tempo depois, no 14º congresso da UJS, em 2008.

UJS: Você disse que gosta de cinema. Nunca o nordeste foi tão divulgado nas telonas, por que isso tem ocorrido?  

Vic: Não sei se tenho elementos para analisar esse fenômeno em todo o nordeste, mas Pernambuco passou nos últimos anos por um processo de reinvenção cultural muito forte. Fruto do orgulho que o pernambucano sente da sua terra e também da retomada de políticas públicas que têm como centro a valorização cultural da região. Hoje Recife é um dos maiores pólos de produção cinematográfica do Brasil. A UFPE tem um curso de cinema, que nasceu com o REUNI, assim como outras duas faculdades privadas daqui.

UJS: De que filme você gosta mais e por quê?

Vic: De todo tipo de filme, dos besteiróis americanos aos filmes da nouvelle vague do cinema francês. Mas se tivesse que escolher, seriam dois: “Esqueceram de mim” (risos) e “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”. O primeiro pelo que representou na minha infância e o segundo pela sua originalidade e sensibilidade.

UJS: O Estado de Pernambuco é hoje o Estado que mais cresce e podemos dizer que é a nova locomotiva do Brasil. Sua história tem grandes contribuições para o país, das lutas pela independência aos dias de hoje. Como pode sobreviver esse orgulho de ser pernambucano durante tanto tempo em meio a tanta miséria e analfabetismo?

Vic: Acho que você já deu a resposta: nossa vasta história de luta e resistência, cristalizada no espírito do nosso povo. Com a licença poética de Euclides da Cunha (risos), amplio sua análise para dizer que “o nordestino é, antes de tudo, um forte”! É um povo muito caloroso e tem em sua história grandes mobilizações de combate às opressões que sofreu, seja pelo fim da escravidão, na luta pela independência e pela democracia. Soma-se a isso a diversidade cultural da região que se manifesta de diversas maneiras: na culinária, nas roupas, no sotaque, na literatura de cordel, no forró, no frevo, na arquitetura… Desde criança somos, em maior ou menor medida, educados a conhecer e valorizar o folclore local, nossas manifestações culturais. Não sou nenhuma especialista no assunto, mas acho que esses fatores se somam na criação dessa identidade pernambucana tão presente no nosso povo.

UJS: A UEP, entidade que você preside, é protagonista desse estado de espírito do povo de Pernambuco?

Vic: A UEP representa páginas importantes na história de Pernambuco. Ela nasceu na resistência ao Estado Novo e teve uma expressiva participação na luta contra a ditadura militar. Nosso patrono, Cândido Pinto, foi presidente da UEP nessa época e acabou condenado a passar o resto da vida em cadeira de rodas em razão das seqüelas que lhe deixaram as longas sessões de tortura. Reconstruímos a entidade em 2005, num grande congresso em Recife, e desde o primeiro momento ela se firmou como protagonista nas lutas dos movimentos sociais do estado, seja na resistência aos anos finais do governo neoliberal de Jarbas Vasconcelos, seja pautando importantes mudanças no último período, como a gratuidade da Universidade de Pernambuco e a ampliação de direitos para a juventude. Hoje, a UEP é reconhecida do litoral ao Sertão, mobilizando centenas de diretórios acadêmicos e DCEs e ocupando assentos no Conselho Estadual de Juventude e no Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social. Em todos os momentos importantes da vida política do Estado, somos chamados a nos posicionar.

UJS: Qual foi o maior desafio que você enfrentou na sua gestão à frente da UEP?

Vic: Eita, vou falar que só a murrinha agora (risos)! Uma das maiores lutas da história do movimento estudantil nos últimos vinte anos aqui no Estado era a gratuidade da Universidade de Pernambuco. Trata-se da nossa única universidade estadual, que desde a sua origem cobrava mensalidade, indo de encontro aos nossos princípios de universidade pública, gratuita e de qualidade. Muitos estudantes eram obrigados a abandonar o curso em razão dessa cobrança. Aí, desde o primeiro dia de gestão, intensificamos a nossa mobilização pela gratuidade. Fizemos ato, abaixo-assinado, passagens em sala, blitz na Assembléia Legislativa e conseguimos aprovar por unanimidade essa pauta na Conferência Estadual de Educação. Fruto de toda essa agitação e da luta das diversas gerações que lutaram por isso, em Dezembro de 2009 o governador assinou o decreto da gratuidade em um ato lotado de estudantes que agitavam centenas de bandeiras da UNE e da UEP. Foi o momento mais emocionante da gestão, certamente!

Outro grande desafio foi organizar a 1ª Assembléia Geral dos Estudantes do Estado, em conjunto com a UMES/PE. Foi na época do segundo turno das eleições presidenciais. Achamos por bem levar a discussão para o conjunto dos estudantes do estado e organizamos a Assembléia que reuniu cerca de 2 mil estudantes de várias cidades, na simbólica Rua do Lazer da Universidade Católica de Pernambuco, que decidiu pelo apoio à Dilma Rousseff para presidente do Brasil.

Enfim, eu poderia falar várias outras coisas. Fizemos diversas mobilizações de massa em várias cidades de todas as regiões do estado. Foram milhares e milhares de estudantes na rua lutando pelo fundo social do pré-sal, por 10% do PIB para educação e pelas pautas locais de várias faculdades. Em 2005 iniciamos a gestão de reconstrução da UEP, em 2007 a de consolidação. Acho que essa conseguiu cumprir o desafio de massificar as ações da entidade.

UJS: Para fecharmos com chave de ouro, nos diga dois sonhos que gostaria de tornar realidade, um na política, outro na vida pessoal… 

Vic: Acho que os dois sonhos se confundem, pois não consigo dissociar minha vida pessoal da política. No campo mais geral, sonho junto com meus companheiros da UJS por uma sociedade sem opressões, que traz na pauta mais imediata a luta por reformas democráticas para o Brasil. No campo pessoal, quero sempre contribuir com o crescimento e objetivos do meu partido, o PCdoB. Gosto muito do debate educacional, foi isso que me puxou para o movimento estudantil, e tenho vontade de seguir carreira acadêmica em minha universidade, a UFPE. Fora isso, os sonhos de sempre: viajar o mundo inteiro, ter uma casa na praia, filhos e ver o Sport conquistar cada vez mais novos títulos!

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Estudantes em Brasília: “Educação tem que ser 10”

Investir na educação é a melhor estratégia de desenvolvimento nacional, afirmou Inácio Arruda.

Com o tema “Educação tem que ser 10”, cerca de 300 estudantes participaram, esta semana em Brasília, do Seminário Nacional sobre Educação da União Brasileira dos Estudantes (Ubes). A “blitz” fazia parte da programação do evento. Os estudantes reclamaram de não poderem aproveitar os representantes de todos os estados que vieram para o seminário na manifestação.

A maioria dos estudantes ficou do lado de fora, na Portaria do Anexo 2 da Câmara, de maior movimentação dos parlamentares. E com cartazes e gritos de palavras de ordem chamavam atenção para as suas bandeiras de lutas: “Estudantes na rua, qual é sua missão?”, gritava o grupo. A resposta, também dada aos gritos, é “Dez por cento do PIB para educação”.

Apesar de não terem tido o sucesso esperado na manifestação, os estudantes acreditam na aprovação das 59 emendas apresentadas pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e Ubes aos parlamentares da Comissão Especial que avalia o PNE.

Alesson Barbosa, presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (Umes –PE) disse que “a expectativa é de que se consiga implementar as 59 emendas porque as forças políticas e lideranças do PNE vão apoiá-las e estaremos na rua sempre que puder”.

Gustavo Cruz, da Paraíba, e Júlio Cesar Liberato, de Alagoas, lembraram o êxito da Jornada de Lutas realizada em março em várias capitais, quando foram discutidas e aprovadas as propostas apresentadas esta semana no Seminário Nacional e anunciam a disposição de continuarem mobilizados nos estados

Brenna da Costa, do Ceará, reafirmou as palavras ditas pelo presidente da Ubes, Yann Evanovick, no Seminário Nacional, dos estudantes lutarem pelo projeto de lei que destina 50% do Fundo Social do pré-sal para educação, de autoria do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). “Nós ficamos muito felizes de poder contar sempre com você, Inácio, nas lutas e mobilizações sociais em prol da educação”, destacou Evanovick.

Tarefa da nação

O senador Inácio Arruda participou do Seminário Nacional sobre Educação da Ubes, quando manifestou preocupação e compromisso com o futuro da educação no país. “Nós queremos ter um estado soberano capaz de desenvolver a ciência e pesquisar, para que estejamos preparados para suprir as necessidades do nosso povo. Por isso investir nos diversos níveis de ensino, especialmente na formação e salário dos nossos professores, é a melhor estratégia de desenvolvimento nacional”, afirmou Inácio Arruda. 
O senador Inácio Arruda é autor do Projeto de Lei que defende a destinação de recursos do Fundo Social do Pré-sal para educação, mote das campanhas da UBES e UNE, neste ano. A matéria está na Comissão de Serviços de Infraestrutura para apreciação da relatora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), e posteriormente segue para a Comissão de Assuntos Econômicos. Caso seja aprovado, o projeto segue para votação em plenário.

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MEC vai mudar critério para isenção por bolsas do ProUni

O Ministério da Educação (MEC) vai mudar as regras do Programa Universidade para Todos (ProUni) sobre a concessão de isenção fiscal às instituições participantes.

O Ministério da Educação (MEC) vai mudar as regras do Programa Universidade para Todos (ProUni) sobre a concessão de isenção fiscal às instituições participantes. A ideia é que o benefício recebido pelo estabelecimento de ensino seja proporcional ao número de bolsas preenchidas e não ao total ofertado, como ocorre hoje. A pasta ainda estuda o mecanismo mais efetivo para que a mudança seja efetivada.

Atualmente, pela lei que criou o programa, as faculdades recebem a isenção fiscal em troca da oferta de bolsas, independentemente de elas terem sido ocupadas ou não. O problema já foi apontado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que calcula um total de R$ 104 milhões de isenções fiscais concedidas indevidamente via ProUni. Neste semestre, apesar do número recorde de inscritos, 4% das bolsas ficaram ociosas na primeira rodada de inscrições.

Além do problema no preenchimento das bolsas, o MEC vai investigar o caso de estudantes da Universidade Paranaense (Unipar) que não são de baixa renda, mas estudam na instituição com bolsa do ProUni, como mostrou reportagem veiculada domingo (1º/5) na imprensa. Para receber bolsa integral, o estudante deve ter renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. No caso do benefício parcial, o limite chega a três salários mínimos por membro da família. Outro pré-requisito é ter cursado todo o ensino médio em escola pública.

O problema não é novo e os primeiros casos foram denunciados em 2009 também pelo TCU. O MEC passou a cruzar os dados dos bolsistas com informações da Receita Federal e do Registro Nacional de Veículo Automotores (Renavam) para detectar as irregularidades. Desde então, foram canceladas 4.253 bolsas e 15 instituições foram desvinculadas do programa.

É de responsabilidade das instituições de ensino verificar a veracidade dessas informações e fiscalizar a situação dos alunos. O secretário de Ensino Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, admite que existe a possibilidade de o candidato fraudar essas informações, mas avalia que as faculdades têm feito esse trabalho “com muito zelo”.

“Esses mecanismos estão sendo aprimorados, estamos em contato permanente com a CGU [Controladoria-Geral da União] e a Receita Federal. Existe efetivamente uma ação dentro do que existe de melhor em tecnologia de informação para fazer os cruzamentos”, afirma.

Se for comprovado que a instituição foi negligente ou favoreceu algum aluno que não se encaixa no perfil do programa, ela fica proibida de participar do programa e pode sofrer outras sanções no processo de regulação do MEC. No caso de alunos que tenham fraudado informações para receber o benefício, além da perda da bolsa, eles podem responder judicialmente pelo crime de falsidade ideológica.

Costa pede que a comunidade acadêmica – alunos, professores e gestores – também faça o controle social das bolsas do programa. As denúncia de recebimento indevido do benefício devem ser encaminhadas ao MEC. “Estamos sempre abertos e é importante que a gente receba esse tipo de denúncia. Sempre verificamos e as denúncias nunca são negligenciadas”, afirma.

Fonte: Agência Brasil


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Movimento Transformar o Sonho em Realidade inicia sua campanha com grandes vitórias

 Movimento Transformar o Sonho em Realidade conseguiu na última quarta-feira, 27 de abril, duas vitórias importantíssimas que irão servir de combustível para o trabalho de toda militância rumo ao 52º Congresso da UNE. Apuradas as urnas, os resultados apontaram a conquista dos DCEs da Universidade Federal do Amazonas e da Universidade Federal do Mato Grosso – campus Cuiabá.

Na UFAM, o movimento contou com a disposição da chapa 20 para quebrar a imobilidade política que vinha tomando conta da universidade. Com a mudança de gestão no Diretório, os estudantes poderão novamente se mobilizar nas lutas por maior participação administrativa e por direitos como assistência estudantil e melhorias na infraestrutura.

A vitória do Coletivo Solução na UFMT também simboliza uma quebra de paradigmas, acabando com o continuísmo de 5 anos na direção do DCE. Propondo transparência nas contas, aumento na integração com os estudantes por meio do esporte e de debates sobre os problemas da universidade, a chapa renova a representatividade no diretório e promete encampar lutas características da juventude que foram deixadas de lado.

O desafio agora permanece para o restante das mobilizações em todo o país, com a finalidade de fortalecer ainda mais o Transformar o Sonho em Realidade para que a participação no CONUNE seja um grande sucesso.

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Militantes que transformam sonhos em realidade

Carlos integra a coordenação do movimento Transformar o Sonho em Realidade em São Paulo

Aos 26 anos, Carlos Eduardo Siqueira Pinheiro preside uma das maiores entidades estudantis do país, a União Estadual dos Estudantes de São Paulo. Palmeirense, filho mais novo de uma família de cearenses e estudante de Filosofia na Universidade São Judas, Carlos é o responsável pela coalizão de ideias que vem ajudando no fortalecimento da participação política da UEE-SP junto aos governos estadual e municipais e na representatividade das manifestações realizadas pela juventude paulista.

No papo, ele lembrou do início de sua vida de militante, fez um balanço de sua gestão à frente dos estudantes paulistas e contou quais são os ideais que sempre o motivaram. É com ele também que o Portal UJS inicia uma série de entrevista com os principais dirigentes estudantis do país entitulada “Militantes que transformam sonhos em realidade”, em alusão ao movimento lançado pela UJS rumo ao 52º Congresso da UNE.

Queremos saber um pouco da sua vida. Como conheceu a UJS e o que te motivou a se tornar um militante?

Minha vida! Eu levo uma vida normal, como a maioria dos jovens da minha idade. Claro que tem muito da responsabilidade de ser presidente de uma entidade, sou casado há 2 anos com uma militante da UJS que conheci em um congresso da UPES uns 6 anos atrás e acabamos nos casando no congresso da UNE. Sou o último filho de 3 irmãos, o primeiro a nascer em São Paulo de uma geração de migrante nordestinos. Viajo bastante, sempre quando posso gosto de sair com os amigos, curto vários ritmos de músicas, dizem que sou um belo imitador de algumas personalidades [nota da redação: a prova está no vídeo ao final da entrevista], sou palmeirense.

Já a UJS eu conheci aos 15 anos, quando era presidente do Grêmios Estudantil da minha escola. Tem até uma historinha legal: eu fui presidente de uma das principais escolas de Suzano e na época a UMES foi visitar a gente. Eu, claro, recebi a entidade, mas o papo da pessoa ficou bem atravessado e acabamos expulsando a UJS da escola. À tarde, o presidente da UMES foi na escola e, bem mas político que o primeiro, tratou logo de saber como estava o grêmio, a escola e o que a gente tava pensando na gestão. De cara eu falei  que estávamos montando uma Associação de Grêmios e que já tínhamos algumas escolas. Resumo: o povo ficou louco e acabou me dando tarefa para mobilizar uma manifestação pelo passe-livre. Assim, fui cada vez mais me envolvendo na construção da UMES e no final do ano fui para um congresso da UBES, etapa estadual de SP. Quando cheguei lá, fiquei encantado, pois tive a certeza de que não estava sozinho e que tinha muitos jovens que se organizavam. Fiz um charme, mas no final do congresso, mesmo tendo contato com a UJS apenas ali, eu já sabia que tinha nascido para ser da União da Juventude Socialista!

Qual foi o momento mais marcante da sua vida militante?

Sem dúvidas a minha passagem pelo movimento secundarista e pela UPES! Acho que definiu o meu caráter e minha vontade de sempre olhar para o futuro e não me arrepender de nada do que acredito e sonho!

Você é presidente da maior União de estudantes universitários do Brasil – depois da UNE, é claro -, a UEE-SP. Deve ser uma tarefa dificílima, ainda mais por estarmos falando do Estado mais conservador do Brasil. Como é isso?

Acho que a UEE-SP foi um dos maiores desafios de minha vida, a entidade já foi presidida por figurões como Serra e José Dirceu e tem um histórico de dar inveja. Além de acumular ao mesmo tempo muitas responsabilidades há algumas complexidades. A diretoria é repleta de linhas de pensamento e eu tenho a tarefa de unificá-las em torno do fortalecimento da entidade. Temos ainda uma receita e investimentos muito altos e isso exige uma transparência maior. Participamos de alguns conselhos do Estado, como da TV Cultura, e contamos com um papel muito importante na opinião pública paulista que no último período ganhou muita força! E claro que o clima do Estado interfere de certa forma na entidade, mas a UEE vai cada vez mais se adaptando ao novo perfil do estudante e colocando sua pauta e bandeiras no interior das universidades, que na minha opinião acaba fortalecendo o papel da entidade junto aos estudantes.

Você sente esse conservadorismo nos estudantes, como na hora em que vai passar em sala de aula?

Sim, acho que a campanha da Dilma foi o ponto alto! Descobrimos, no entanto, que apostar na amplitude do debate, ou seja, debater com os estudantes e colocar às claras o que estamos defendendo, gera o debate, gera a discussão. Notamos que no final prevaleceu quem apresentou a melhor alternativa. Mas não podemos evitar que se tenha muito conservadorismo, é só lembrar o ProUni e o tempo que São Paulo levou para ver a importância do programa. Nós, da UEE, ajudamos no debate que fortaleceu essa iniciativa, realizamos inúmeros encontros, e isso ajudou a romper com a ideia que se tinha.

Diversas pessoas dizem que o povo paulista é um povo frio. Ao que você atribui essa percepção, se ela for verdadeira? Será a selvageria do capitalismo que aqui é mais latente? A correria da vida?

Se assim for, nós vamos ter de dizer que o povo do mundo e o brasileiro é frio. São Paulo é formado por pessoas vindas de diversas nações e estados no nosso país. Sou um paulista com a família toda nascida do Ceará! Somos, como diz um amigo meu, “o Estado dos mil povos!”. Acho que o paulista é alegre, irreverente e trabalhador (gosta de trabalhar! risos). É claro que o capitalismo assume a sua forma mais perversa aqui, onde está em curso há 16 anos a experiência neoliberal e, mesmo a gente derrotando esse modelo em todo país, onde se concentram os seus defensores. O que não podemos é deixar que isso se prolongue, torne rotina, e acredito no povo de São Paulo para juntos superarmos isso. Acho sempre que em São Paulo o tempo anda na frente do que nos outros lugares! O tempo anda no passo apressado da Av. Paulista e na velocidade do metro lotado da Praça da Sé!

A noite paulistana é a melhor do Brasil, né?

(Risos) O povo vai brigar comigo pelo país… São Paulo é um lugar que não para e a noite tem espaço para todo mundo. Imagine dar conta de 12 milhões só na capital? Acredito que é a melhor pela sua expressiva quantidade de espaços para satisfação do cliente (falei que nem um paulista agora…rs). Mas é uma bela noite, que se mistura com a arquitetura da cidade e o clima.

Voltando à política no Estado. Como é a relação do movimento estudantil com o governo estadual e o governo municipal?

O movimento mantém sua independência. Há 16 anos não temos uma relação de diálogo e conquista. Tivemos momento de grandes tensões, desde confusão com a polícia até bate-boca com governantes, passando por ocupações de reitorias, manifestações… Na capital, acho que o destaque é para o transporte, que sempre rendeu boas lutas contra os aumentos e pela valorização do acesso dos estudantes as suas universidades e escolas. Neste ano, abriu uma fresta no diálogo, fomos muito bem recebidos pelo Secretário de Educação e de certa forma retomamos as conversas, que na nossa opinião vai ser de independência e de um postura propositiva!

E o recente aumento no transporte? 3 reais!

Participamos ativamente das mobilizações contra o aumento, não só agora e nem só no município. No curso da luta e das mobilizações apresentamos um projeto de mini-reforma do transporte na cidade. Não podemos encarar a luta do transporte só quando aumenta a passagem, mas também avaliarmos o cotidiano. Isso deve ser pauta constante na universidade e na escola, debatendo com os estudantes e a população.

Quando você assumiu a presidência da UEE-SP, o que você elencou como prioridade na sua gestão? Acha que realizou esse objetivo?

Colocamos algumas ações como importantes na condução da entidade. Propusemos uma caravana de formação de CAs e DCEs, a luta pela reforma universitária, os desafios dos recursos do Pré-Sal para educação, a luta pela ampliação das vagas para estudantes filhos da classe trabalhadora. Acredito que demos importantes passos e hoje nossa rede se mostra bem mais consolidada e forte em todas as regiões do estado. Temos uma PEC na Assembléia Legislativa de São Paulo que há 2 anos está em debate e pode ser votada ainda este ano, ampliamos os desafios da receita da entidade e demos demonstração de muita força ao participar ativamente da Conferencia Nacional de Educação. Por conta do debate que iniciamos nas reuniões de executiva e diretoria da entidade, hoje podemos apresentar a proposta da criação do fundo estadual de assistência estudantil, dos observatórios de educação, reforma da educação paulista e o desafios da construção de um Fórum de Educação que terá como tema o Plano Estadual de Educação. Acredito que ainda temos de avançar na reforma da universidade paulista e brasileira e que esse debate se faz com força e dedicação. Demos os passos decisivos para que as próximas gestões da UEE tenham mais acúmulo sobre o tema. Cumprimos, na minha opinião, o objetivo de colocar a UEE-SP em um novo patamar político.

Ainda neste primeiro semestre acontecerá o congresso da UEE. Já está sentindo uma nostalgia?

Olha, nas viagens de dois anos atrás, eu parecia um moleque de 15 anos (risos), eufórico, animado e cheio de energia. Hoje, ainda sou o mesmo. O que vai batendo é uma saudade e um ar de dever cumprido por estarmos aos 45 do segundo tempo! O Congresso tem tudo para ser um grande momento dos estudantes e da juventude paulista e escolhemos Piracicaba pelo seu importante papel na história do movimento estudantil A cidade já foi palco de dois congressos da UNE, um elegendo Aldo Rebelo e outro que escolheu a primeira mulher presidente da UNE, Clara Araujo. Esperamos um Congresso cheio de vontade de mudar São Paulo e o mundo! Espero que todos e todas gostem, pois a cidade é linda. Além disso, as margens do Rio Piracicaba irão receber as atividades culturais.

Você esta abrindo uma série de entrevistas que vamos fazer com presidentes das principais UEEs do Brasil, na série chamada “militantes que transformam os sonhos em realidade” , seguindo o nome do nosso movimento para o 52º Congresso da UNE. Que sonho você tem na vida militante e também na vida pessoal que ainda não realizou?

Essa pergunta é difícil, ainda mais para quem abre a série (risos)! A gente, quando conhece a UNE, UEE, o movimento, se apaixona por causas que, de alguma forma, nos são distantes. Acho que no Brasil esses sonhos a cada dia vão ganhando mais realidade e eu acredito que uma parte que dedico do meu tempo tem contribuído para realizar meu sonho de uma sociedade mais justa, onde a Universidade e a Escola são para todos, onde não exista violência como acabamos de ver recentemente, onde o valor da amizade e das relações humanas são bens comuns a todos. Quero construir uma sociedade onde eu e minha companheira possamos criar nossos filhos da melhor forma.

Fonte: UJS

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